domingo, 21 de julho de 2013

“Eu gostaria muito de agradecer a todos os incentivos para que eu saísse de casa e fosse ver gente. É verdadeiramente revigorante essa sensação de gastar metade do meu salário bebendo tudo o que pintar, gritar com os carros na rua, levar foras de patricinhas e ficar duzentos minutos tentando enfiar a chave na porra da fechadura de todos os prédios da cidade, exceto o meu. Esse masoquismo barato foi, nossa, muito legal. Se é isso que chamam de viver, sou mais de passar o resto dos meus dias afundado no meu sofá lambendo minhas feridas, me auto-erotizando e torcendo pelo retorno daquela época de ouro em que minha única preocupação era chegar na frente dos outros espermatozoides.” Gabito Nunes